A festa no terraço do hotel mais cobiçado de Dubai estava em pleno frenesi. O nome “Clara Ventura” tinha escapado do domínio das mesas de arquitetura e caído direto nas rodas de executivos, jornalistas e investidores como um coquetel molotov de talento, beleza e mistério.
E ela? Clara estava no centro. Mas não por esforço, por destino.
Com o prosecco ainda na mão, e um sorriso indecifrável nos lábios, ela caminhava entre os convidados como se o chão tivesse sido projetado para cada passo seu. Os flashes começaram sutilmente. Um, dois, depois uma sequência estonteante de estalos que fariam qualquer Oscar parecer cerimônia de jardim de infância.
— Senhorita Ventura! Um clique para a “Design Magazine”!
— Clara, você assinaria para a “International Architecture Digest”?
— Você já tem contrato com alguma firma global?
Ela piscou, confusa, e virou para Simone, que surgia ao lado dela como uma sombra elegante com um iPad em mãos.
— Gente do céu, o que tá acontecendo? — murmurou Clara entre o