Clara desceu da limusine com a precisão de quem conhecia o próprio poder. Vestia um conjunto de alfaiataria branco impecável, com decote sutil e ombreiras que desenhavam seu porte com autoridade e desejo. O cabelo, preso em um coque clássico, deixava o rosto em evidência — um rosto de quem sabia que podia engolir a sala, se quisesse. Nos pés, saltos nudes matadores. Joias discretas, perfume de presença.
Talita veio logo atrás, tão imponente quanto. De blazer preto acinturado, calça flare e batom escarlate, caminhava como quem já assinou contratos com o olhar. Era parceria, era elegância, era estratégia.
As duas entraram no saguão do hotel onde aconteceria a reunião da Vellamo & Co. O ambiente era sofisticado, com colunas de mármore negro, paredes de vidro que deixavam a luz de Dubai invadir o espaço e um imenso lustre moderno pendendo do teto como uma escultura suspensa.
Ambas sabiam que não fariam parte da reunião diretamente. Essa era a missão de Léo, Miguel e os tubarões. Mas estav