A matéria viralizou em menos de 48 horas.
Jornais que haviam ignorado Luna ou a pintado como vilã agora corriam para publicar matérias do tipo “A outra versão da história”. Perfis feministas começaram a postar trechos impactantes da entrevista. Um deles — o momento em que Luna disse “Eu amei alguém que não soube me proteger quando mais precisei. E tudo bem” — foi compartilhado por milhares.
A fundação Aurora recebeu doações recordes, e Gabriela mal dava conta de organizar entrevistas, convites e novas campanhas.
— Luna, você entende o que acabou de acontecer? — ela disse ao telefone. — Você virou símbolo de algo muito maior que você mesma.
Luna, porém, continuava afastada. Preferia o silêncio à fama repentina. Não queria capitalizar em cima da dor. Não queria ser mártir, nem ídolo. Só queria ser ouvida.
Enquanto isso, Caio Ventura vivia uma tempestade de emoções.
A entrevista era tudo o que ele não teve coragem de dizer. Cada palavra que Luna falou, cada silêncio que sustentou com a c