DOMENICO
A mensagem chegou codificada, sem nome, sem origem.
> “A nova geração se encontra esta noite.
O poder não se herda.
Se toma.
23h, Palácio de Vidro.
Venha sozinho.”
Era o tipo de convite que os antigos Santorini ignorariam ou usariam como armadilha. Mas Domenico sabia que o mundo havia mudado — e que ele também teria que mudar.
Porque se não sentasse à mesa dos herdeiros agora, seria forçado a ajoelhar-se diante deles mais tarde.
Dominick não aprovou.
Laura não comentou.
Mas ambos sabiam que ele iria.
E que voltaria diferente.
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Às 22h15, Domenico partiu.
Vestia preto, como sempre. Casaco justo. Relógio com microcâmera. Pistola presa ao tornozelo. Uma adaga de prata, herança de Adriana, costurada no forro do paletó.
No espelho do carro, ele se olhou por um segundo.
“Você é Santorini… até onde isso te permite sobreviver.”
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PALÁCIO DE VIDRO – 23h01
O local fazia jus ao nome. Uma construção moderna no centro de Florença, toda feita de vidro blindado, com ângulos assimétricos e