– O Eco no Sangue)
GENEBRA – CASA DE ESCUTA – 06h41
Era cedo. O sol ainda não rompia a névoa que cobria a cidade. Leonardo atravessava o corredor principal quando encontrou um envelope esquecido sob a porta da sala 4. Sem remetente. Sem marca.
Dentro, havia apenas uma fita. Fita, não chip. Antiga, quase cerimonial.
E junto dela, um bilhete:
“Ouça sozinho. No silêncio daquilo que você nunca perguntou.”
—
SALA DE MEMÓRIAS – 07h10
Ele inseriu a fita no reprodutor restaurado da sala escura. O chiado inicial preencheu o ambiente. Então, uma voz.
Grave.
Precisa.
Calma demais para ser mentira.
> “Se você está ouvindo isso…
é porque já sentiu que seu nome não é suficiente.”
Leonardo congelou.
A voz… não era de Dominick. Nem de Domenico.
> “Eu fui apagado da árvore.
Não por medo.
Mas porque nasci entre rachaduras.
Sou aquilo que não podia ser revelado sem destruir o que vocês acreditavam.”
—
FLASHBACK – DOMENICO, 28 ANOS
> “Há coisas que meu pai me proibiu de perguntar.
Coisas que ardiam só de