Matheo Monclair
Quando Isabela apareceu no topo da escada, com aquele vestido vermelho colado ao corpo e uma fenda que hipnotizava a cada passo... por um momento, esqueci completamente da proposta que eu mesmo tinha feito.
Ela era estonteante. Tão absurdamente linda, mas mais do que isso, havia nela uma força silenciosa, uma dignidade que saltava aos olhos. Havia intensidade demais naqueles olhos castanhos quando se aproximou, e confesso: senti uma atração tão forte que me perguntei se conseguiria mesmo manter o controle por um ano inteiro.
Oscar abriu a porta do carro e me ajudou a entrar. Isabela o agradeceu com gentileza, sem qualquer traço de surpresa ou desconforto por eu estar numa cadeira de rodas. Assim como seus avós. Nenhum olhar atravessado, nenhuma comiseração. Aquilo me desconcertou. Me senti visto, de verdade, e isso... mexeu comigo.
Ela não era só bonita por fora. Era bonita por dentro também. E, por algum motivo, isso me irritava um pouco. Me fazia querer cutucá-la. Ve