A segunda-feira amanheceu cinza, com um céu carregado de nuvens que pareciam refletir a inquietação que Evelyn tentava esconder. A reunião com a agente literária seria naquela tarde, e, por mais que ela tivesse tentado manter a calma durante o fim de semana, a verdade é que agora seus pensamentos estavam embaralhados em mil possibilidades.
Lucas percebeu o nervosismo logo ao acordar. Ela estava sentada à mesa da cozinha, com as mãos entrelaçadas no colo, os olhos fixos na xícara de café já fria. Ainda usava o moletom largo que roubara do armário dele, e mesmo assim, parecia frágil como vidro.
— Tá tudo bem? — ele perguntou, se aproximando com cautela.
— Só estou pensando — ela respondeu, forçando um sorriso. — No que vai acontecer hoje. Em como essa história... a minha história... vai ser recebida de verdade.
Lucas se sentou ao lado dela e tocou sua mão.
— Você já foi corajosa o bastante pra escrevê-la. Agora é só mostrar ao mundo o que ele precisa ouvir. O que você tem a dizer import