O retorno à casa foi silencioso, mas carregado de uma nova vibração — um fio tênue de esperança que parecia atravessar cada gesto. Evelyn entrou primeiro, ainda com os dedos entrelaçados aos de Lucas, sentindo como se algo dentro dela tivesse sido rearrumado. Não estava resolvido. Não estava inteiro. Mas estava, pela primeira vez, no caminho certo.
Enquanto ela subia para o quarto, Lucas se despediu com um beijo leve no alto de sua cabeça.
— Vou preparar algo pra gente comer. Não foge, tá?
Ela sorriu, e o som leve de seus passos na escada misturou-se ao silêncio acolhedor da casa.
No quarto, Evelyn se sentou na beira da cama. Seus olhos correram pelas prateleiras, pelas caixas de papelão que Lucas ainda não havia aberto desde que se mudara, e por uma mochila jogada no canto. Era como estar num espaço suspenso entre o passado e o presente. Pegou o caderno novamente e o apoiou sobre as pernas, ainda relutante em continuar a leitura. Mas agora, havia outra razão para esperar: ela queria