Omar não conseguia parar de fantasiar. Desde o instante em que deixou Daphne em sua casa, sentia-se feliz de um jeito quase irreconhecível. Era como se tivesse reencontrado algo que acreditava perdido: um êxtase sereno, uma calmaria que há anos não tocava sua alma. Claro, havia o medo do futuro — talvez aquilo não desse certo, talvez todos julgassem errado, afinal, ele era o chefe e ela, apenas a assistente. Mas, pela primeira vez, ele não se importava.
Tudo o que desejava, naquele momento, era permanecer ao lado de Daphne. Para sempre, se pudesse. Talvez fosse exagerado, talvez fosse emoção demais, mas ele não conseguia negar: estar com ela lhe trazia uma paz tão verdadeira que se tornava impossível imaginar sua vida sem essa presença.
Omar se perguntava como havia se rendido tão facilmente a uma mulher que, até pouco tempo, era apenas parte da sua rotina profissional. Mas Daphne, com aquele jeito caótico e encantadoramente desastrado, tinha feito o impossível: conquistado o coração