Daphne Mais um novo dia começava, e eu me sentia como se não tivesse dormido nem meia hora. O corpo pesado, os olhos ardendo. Mas, como sempre, eu iria me atrasar. De novo. Só que hoje era diferente. Minha irmãzinha amanheceu com febre, e por mais que meu trabalho exigisse responsabilidade, não havia como simplesmente ignorar isso.Antes mesmo da vovó acordar, eu já estava na cozinha, preparando o café. Quando ela surgiu, ainda sonolenta, eu a avisei sobre a febre da pequena. Ela, como sempre, se manteve firme e disse que cuidaria bem dela. Preparei os remédios, deixei tudo organizado. Já estava quase saindo quando a porta começou a ser golpeada com tanta força que pensei que fosse arrancada das dobradiças.Respirei fundo. A irritação cresceu no mesmo instante. Quem batia assim logo cedo? Quando abri, meu coração deu um salto. Era o senhorio, o dono do apartamento, o tal do senhor Alberto. Baixinho, com poucos fios de cabelo e aquele bigode esquisito que sempre parecia molhado. E bra
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