Daphne já deveria estar acostumada com absurdos. Mas nada a preparou para o modo como aquela mulher a tratou. Tão fria, tão impessoal, que por um momento ela duvidou estar diante de um ser humano. A loira era elegante, isso ninguém podia negar. Seus passos eram firmes, seu olhar calculado, os gestos contidos — como se cada movimento tivesse sido ensaiado diante de um espelho. Mas havia algo nela... artificial. Como um robô. E talvez por isso Daphne sentisse tanto desconforto.
Quem, em plena consciência, contrataria uma desconhecida para se casar com um homem que nunca viu? Que tipo de pessoa colocaria a vida de alguém de cabeça para baixo com tanta naturalidade? Desde que assinou aquele maldito acordo, Daphne não conseguia parar de pensar. Quem era o homem com quem teria que se casar? Como ele se vestia, como falava, se era tão frio quanto aquela mulher. Seria parente dela? Um irmão? Primo? Um peão num jogo sujo? Ela não sabia. Só sabia que, de algum modo, havia algo errado.
“Ele mere