Capítulo 6

Yusuf saiu do quarto de Arícia, com a cabeça baixa e o coração pesado, doeu fazer a coisa certa, porque ele era um grande cafajeste na maioria das vezes.

Queria muito tirar sua virgind ade, depois dormir ao lado dela, sentir o conforto de sua presença elevando seu ego e lado animal, algo que quase todos os homens adoram, ser o único na vida de uma mulher, mas a coragem lhe faltava, por achar que ela era muito jovem imatura e delicada.

Enquanto caminhava pelo corredor, lembranças de sua adolescência invadiram sua mente, pois naquela época, ele tinha fortes sentimentos por Isabela, que foi seu primeiro amor.

Eles se conheceram no ensino médio e logo começaram a namorar atoa, curtindo, se descobrindo. Isabela tinha um sorriso que iluminava o mundo de Yusuf e um jeito de ser que o encantava, ela era popular, amorosa, a namoradinha perfeita.

Juntos, passaram momentos inesquecíveis, foi em uma fase que ele enfrentava dificuldades em casa, tinham muitos passeios no parque, as risadas intermináveis da adolescência, os segredos compartilhados, tiveram a primeira vez juntos, queriam ir pra mesma faculdade até.

Mas, um dia, tudo desmoronou. Yusuf, jovem e impetuoso aflorando sua sexualidade, cometeu o erro de trair Isabela com a melhor amiga dos dois, foi no calor do momento, ele também tirou a virgindade dela e continuou namorando.

Ficaram outras vezes, ela o via como seu grande amor, por ter sido o primeiro e a namorada dele achava o mesmo, que era amor.

O remorso o corroía, mas o estrago já estava feito, Isabela descobriu e deu o troco, com o melhor amigo dele, engravidou e largou um pelo outro.

Mesmo sendo o infiel, o término foi um trauma amoroso muito grande, uma ferida profunda que ele carregou por muito tempo, só a fechou quando desistiu de amar.

Indo para o próprio quarto, Yusuf sentia o peso de suas escolhas de quinze anos atrás, todo um filme passou em sua cabeça.

A insegurança que sentia era um eco do passado, uma lembrança amarga de como suas ações poderiam ferir mulheres que tinham mais facilidade em se apaixonar.

Ele tomou banho e foi deitar, podia sentir o gosto de Arícia em sua boca, o cheiro do perfume dela em suas roupas, a desejou até o seu íntimo ser naquela noite e mais uma vez, ele se viu paralisado, incapaz de enfrentar seus próprios sentimentos.

Arícia sentiu um aperto no peito ao ver Yusuf sair do quarto daquela forma, achou que estava sendo um brinquedo pra ele.

A rejeição a atingiu como um soco, deixando-a com uma sensação de vazio e tristeza, inferiorizada como mulher.

O vinho que havia bebido para tentar relaxar agora parecia um peso em seu estômago, aumentando a sensação de humilhação, todo o drama foi multiplicado pelo álcool.

Ela se levantou, cambaleando um pouco devido à bebida, e foi até o banheiro enxugando as lágrimas.

Cada passo parecia mais difícil que o anterior, como se a tristeza a puxasse para baixo, sua vontade foi chorar escorregando na parede, igual a uma cena de novela.

Ao chegar ao banheiro, começou a tirar o lençol, sentindo-se exposta e vulnerável, o desejo de se limpar do vinho era, na verdade, um desejo de se livrar da dor e da vergonha que sentia, por ser como era, ficou incomodada com o cheiro dele em sua pele.

Enquanto a água quente caía sobre seu corpo, Arícia deixou as lágrimas fluírem livremente, decidida a ficar bem longe dele, dali em diante.

A mistura de tristeza, humilhação e arrependimento era quase insuportável, por imaginar que iria o encontrar quase todos os dias.

Ela queria apagar aquele momento, esquecer a rejeição e perder a virgindade bem rápido, mas sabia que isso não seria fácil, por ser mais certinha insegura.

A água lavava o vinho, mas não conseguia levar embora os sentimentos ruins que a consumiam, ouvindo as críticas dele se repetindo em sua cabeça, ele tinha toda a razão por achar ela imatura, delicada e sensível.

O dia seguinte amanheceu com um céu cinzento e uma chuva fina e constante no hotel, o som das gotas batendo nas janelas era um lembrete persistente de que o tempo estava longe do ideal para a sessão de fotos planejada.

A equipe, que precisava capturar as imagens da nova coleção moda praia com sol, ficou apreensiva com o desafio adicional imposto pelo clima.

Yusuf acordou com a mente ainda envolta nas brumas de um sonho intenso safado, ele se sentia muito atraído por Arícia de uma maneira que não conseguia controlar.

Durante a noite, sua mente havia criado um cenário ousado e quente, onde ele e Arícia estavam juntos, compartilhando momentos de paixão e desejo, a beira da piscina no hotel.

No sonho, ele podia sentir a suavidade da pele dela, o calor de seu corpo próximo ao dele, as imagens eram vívidas, quase que reais, e deixaram Yusuf com uma sensação de anseio ao despertar de pa u duro.

Ele sabia que esses sentimentos complicavam ainda mais a situação entre eles, por saber que não seria bom pra ela, mas não conseguia evitar a atração que sentia e preferiu a evitar por isso.

Enquanto se levantava, os pensamentos sobre Arícia continuavam a rondar sua mente, misturando-se com a realidade e o desejo, ele viu que ela já tinha entrado online, foi tomar café da manhã ansioso para vê-la e fingir que nada aconteceu, enquanto a lembrança do sonho o acompanhava, tornando difícil focar em qualquer outra coisa.

Arícia acordou sentindo o peso da ressaca, a cabeça latejava e o estômago revirava, reflexos da noite anterior e a falta de costume em ficar bêbada.

Com um suspiro resignado, ela se levantou da cama, decidida a enfrentar o dia como se nada tivesse acontecido, optou por um vestido longo e discreto, com tons neutros que contrastavam com seu estado de espírito, meio insossa.

O tecido fluía suavemente, conferindo-lhe uma elegância natural apesar do desconforto físico e emocional, ela sabia separar as coisas.

Na tentativa de disfarçar a ressaca, aplicou uma maquiagem leve, um toque de base para uniformizar a pele, um blush sutil para dar cor às bochechas pálidas, e bastante rímel para abrir o olhar cansado.

Nos lábios, um batom nude completava o visual, reforçando a discrição e a sobriedade que ela buscava naquele dia que tinha tudo para ser bem difícil.

A equipe estava reunida na mesa do café, conversando animados e aproveitando o café da manhã luxuoso. O ambiente era descontraído, com risadas e conversas fluindo livremente, Arícia entrou no restaurante cabisbaixa, desejando ser invisível, se sentindo vulnerável, queria evitar qualquer atenção.

Yusuf estava, sentado à mesa na ponta, não pode deixar de notar sua presença desde que apontou na entrada.

Seus olhos a seguiram, cheios de desejo e admiração, como um predador faminto, ele não conseguia desviar o olhar, lembrando-se do sonho intenso que teve com ela na noite anterior.

Arícia sentiu o olhar de Yusuf queimando em sua pele, o desconforto a envolveu, tornando cada passo mais difícil, tropeçou na cadeira de uma colega.

Rindo envergonhada ela tentou ignorar ele, mas a intensidade do olhar dele a fazia sentir-se ainda mais exposta e vulnerável, como se as pessoas ali soubessem de tudo.

Ela sentou à mesa, tentando se concentrar na comida e nas conversas ao redor, mas a presença de Yusuf e seu olhar insistente eram impossíveis de ignorar.

Arícia sentiu a irritação crescer dentro de si, lançou um olhar furioso para Yusuf, que a encarava com deboche, após comer bolo e tomar um copo de suco, rapidamente se levantou da mesa, decidida a evitá-lo.

A humilhação e o desconforto eram palpáveis, e ela não queria prolongar aquele momento, já passou a pensar em se demitir na segunda feira inclusive.

Enquanto a equipe se dirigia à sala de jogos para passar o tempo e se distrair, Arícia optou por voltar para o quarto.

Precisava de um momento sozinha para processar seus sentimentos e tentar se recompor, também se sentiu perdida, sobre agir tão leviana. A solidão do quarto parecia um refúgio seguro, longe dos olhares e das conversas que a incomodavam, piorando sua enxaqueca.

Yusuf despistou a todos, e foi até o quarto dela escondido, na intenção de pedir desculpas apenas.

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