Com um turbilhão de emoções explodindo dentro dele, Vitor recuou, suas mãos tremendo levemente. Flor Bela. Sua filha. A revelação foi como um trovão partindo o céu em plena tarde silenciosa. Seu peito apertou, e o mundo ao redor pareceu ficar menor, como se tudo convergisse para aquele momento único e irreversível.
Ele olhou para Agatha, que permanecia imóvel, sua expressão mesclando medo e alívio. Seus olhos brilhavam, refletindo as luzes suaves do lustre dourado acima deles. O silêncio entre ambos não era apenas a ausência de som, mas um espaço carregado de incontáveis perguntas, ressentimentos e sentimentos que nunca haviam sido ditos.
Por fim, Vitor engoliu seco, sua voz surgiu rouca, quase um sussurro:
— Você nunca me contou... Por quê?
Agatha baixou o olhar, seus dedos apertando a alça da bolsa, como se buscasse apoio em algo físico, tangível, em meio à tempestade emocional que se desenrolava ali. O tempo parecia congelado, e a distância entre eles agora era medida por t