Vitor permaneceu estático por alguns segundos, absorvendo cada detalhe ao seu redor. O aroma doce das magnólias misturava-se com a brisa suave da manhã, criando uma sensação quase hipnótica. O sol nascente filtrava-se por entre os galhos das árvores, projetando sombras alongadas sobre o chão úmido de orvalho do jardim. O canto distante de um pássaro solitário preenchia o silêncio, como se anunciasse um novo começo.
Ele inspirou devagar, como se quisesse prender aquele instante no peito, e então respondeu:
— Agente começou com o pé esquerdo Agatha... vamos começar de novo. — Sua voz saiu em um tom que carregava um misto de desconforto e expectativa. — Minhas intenções são mínimas. Acredite.
O timbre grave de suas palavras pairou no ar, por um instante, como se ele próprio não soubesse se acreditava em sua afirmação.
Vitor ajeitou os punhos da camisa com um gesto calculado antes de encará-la novamente. Seus olhos, intensos, analisavam cada expressão no rosto dela, como se tentassem d