— Vitor, eu... — murmurou Alexander, sua voz agora calma, mas carregada de tensão. Seus olhos buscavam o chão como se as palavras que queria dizer estivessem gravadas ali. No entanto, foi abruptamente interrompido.
Ambos desviaram o olhar para a porta, que se abriu com um estrondo súbito, fazendo o coração de Alexander acelerar.
Lorena surgiu no limiar como um trovão silencioso. Por alguns segundos, permaneceu imóvel, moldada pela luz suave do corredor atrás dela. Seus olhos escuros, como obsidiana polida, examinaram Vitor com um olhar calculista e intenso — uma mistura de desapontamento, surpresa e algo que beirava a raiva contida.
Ela entrou lentamente, o som dos seus saltos ecoando como um relógio marcando o destino. Cruzou os braços com firmeza, como quem se protege da dor iminente, e seus passos, embora hesitantes, eram decididos.
— Então é verdade, Vitor? — sua voz soou baixa, mas reverberou pelo ambiente como uma pergunta que ecoava há muito tempo em seu peito. — Flor Bela é su