— São dois cometas, meu amor... corpos celestes que orbitam o Sol — disse Agatha, com a voz embalada por uma melodia serena, quase sussurrada.
Flor Bela continuava olhando para o céu, como se seus olhos pudessem atravessar o tempo. As estrelas piscavam devagar, como se também estivessem ouvindo.
A brisa da noite dançava entre os fios soltos de seu cabelo, levando consigo perfumes de jasmim e maresia. Seus pés tocavam a terra úmida e morna do jardim, e o som ritmado das ondas distantes se misturava ao silêncio cúmplice entre elas.
— Eles parecem fugir um do outro — disse Flor Bela, os olhos fixos na trilha brilhante dos cometas cruzando o firmamento.
— Talvez só estejam esperando o momento certo... — Agatha respondeu, com aquele jeito dela de dar esperança até aos mistérios do universo.
Flor Bela virou o rosto, e o luar desenhou em seus traços uma quietude antiga, como se carregasse um mapa de saudades. Agatha tocou suavemente seus dedos e sentiu ali um pulsar diferente, como se, naq