Kisa, ainda perplexa e cheia de incertezas, soltou um longo suspiro.
— Não sei... — respondeu com um olhar distante, observando o teto iluminado pela luz tremeluzente de uma vela acesa, enquanto pensava na proposta que Royal havia lhe feito. — É bom demais pra ser verdade. Ele está oferecendo tantas coisas lindas e maravilhosas pra gente que, sinceramente... não consigo deixar de pensar que tem algo por trás disso tudo. E se a gente for pra aquela mansão e acabar sofrendo mais do que imagina? Talvez aqui, na nossa casinha, onde crescemos com a mamãe, a gente seja mais feliz do que jamais seria naquela mansão — concluiu, com um toque de nostalgia na voz.
Marfil, sempre tão segura de si, revirou os olhos com uma expressão de impaciência.
— Kisa, não viaja — disse ela, tentando arrancá-la daquela mentalidade presa ao passado. — Não se apega às coisas. Essa casa é só uma cabana, é barro e madeira, nada mais. Você não pode viver agarrada ao passado, senão nunca vai conseguir seguir em fren