Naquela noite, Royal desceu como de costume até a cozinha para comer seu pudim. Com passos calmos e um ar cansado, ele entrou no ambiente e parou bruscamente.
À sua frente, sentada à mesa, estava Kisa. Ela segurava uma colher e tinha um pudim pela metade à sua frente. Os dois se encararam em silêncio, até que Royal finalmente franziu a testa, perplexo.
— O que você está fazendo? Está comendo o meu pudim? — perguntou ele, quase acusando-a.
Kisa apenas ergueu uma sobrancelha, sem desviar o olhar.
— Correção: esse eu mesma comprei. O seu está na geladeira. Antes de me acusar de qualquer coisa, você deveria verificar, não acha, senhor Fankhauser? Achei que você já tivesse aprendido essa lição.
O tom sarcástico, quase provocador, fez Royal silenciar por um instante. Ele a olhou de maneira estranha, como se não reconhecesse a mulher séria que costumava conhecer. Sem dizer mais nada, virou-se para a geladeira, abriu-a e, de fato, lá estava seu pudim, intacto.
Ele o pegou com um gesto firme,