Quando Kisa e Coral chegaram à cozinha, o ambiente ficou calmo — calmo até demais. Kisa se abaixou para ficar na altura da menina e, com delicadeza, acariciou seu rosto, afastando uma mecha de cabelo da testa da pequena.
— Querida, o que aquela mulher disse pra você? — perguntou num tom doce, mas carregado de preocupação.
Coral balançou a cabeça em negação, sem dizer nada. Seus ombros miúdos tremiam levemente, e seu olhar permanecia fixo no chão, evitando os olhos de Kisa. A tristeza em seus gestos dizia tudo, mesmo que seus lábios não soltassem uma só palavra.
Kisa suspirou e segurou suas duas mãos com cuidado, como se fossem feitas de vidro.
— Cori, você precisa ser sincera comigo pra que eu possa te ajudar — insistiu com ternura. — Se ela disse algo que te incomodou, ou se te tratou de um jeito que você não gostou, então você precisa me contar.
Mais uma vez, Coral apenas balançou a cabeça, sem emitir som algum.
— Minha querida, não tenha medo — continuou Kisa, com suavidade. — A ge