James nunca foi de fazer planos impulsivos. Era metódico, racional, um estrategista nato. Mas naquela noite em Boston, quando Grace o olhou com aquele sorriso que trazia lembranças e promessas esquecidas, algo dentro dele afrouxou. Foi como abrir uma janela depois de muito tempo trancado em um cômodo abafado. Deixou o passado entrar. E ele entrou com força.
Passaram a noite juntos — não com a urgência ou euforia de outros tempos, mas com a delicadeza de duas pessoas que já se conheceram por inteiro, que não precisam se explicar. Era uma sensação confortável. Quase fácil demais. E talvez fosse justamente isso que James precisava.
Quando retornou a Manhattan, ele trouxe Grace com ele. Não como um símbolo de posse ou de alarde. Trouxe porque, no fundo, queria acreditar que podia reencontrar o caminho onde um dia já se sentiu inteiro. Grace, por sua vez, voltou sem hesitar. Tinha construído um império com as próprias mãos nos últimos três anos — uma linha de cosméticos sustentáveis