James acordou antes do despertador, como se o sono tivesse se esgotado sozinho. Ficou deitado por alguns minutos, encarando o teto, ouvindo os sons tímidos da cidade começando a ganhar vida lá fora. Pensou em Grace. Pensou no jeito como a voz dela soou do outro lado da linha — calma, resignada, porém firme. Não havia raiva, mas havia um tipo de adeus que doía mais do que qualquer grito.
Depois, inevitavelmente, pensou em Sophie.
Suspirou fundo. Sentia que havia perdido a única chance real de esquecê-la. Grace era isso: uma âncora possível. Um recomeço possível. E agora, sem ela, sem o consolo dos planos adiados, o que restava era apenas o que Sophie representava — algo inacabado, impossível, impróprio.
Era hora de aceitar. E de tentar sobreviver à aceitação.
Vestiu-se para correr, como vinha fazendo nos últimos dias, e desceu as escadas do prédio sem olhar para ninguém. O ar frio da manhã o acordou por completo. Colocou os fones de ouvido, escolheu uma playlist instrumental