MARTINEZ
Eu já estava no meu limite.
Aquela desgraçada fugiu… sumiu… e levou junto algo que pertence a mim, algo marcado no corpo dela — literalmente.
— Cara, tu és um louco. — meu mano disse — Tatuar numa mulher a combinação do nosso cofre? Tu tem merda na cabeça.
— Ela nunca vai saber o significado das tatuagens que mandei fazer. — respondi, firme.
— E se souber? Vai meter a mão em tudo, pegar nosso dinheiro e sumir.
— Ela não vai. Ela tem a marca, então a gente pega ela… e depois apaga ela. — falei frio, como quem fala do tempo.
Ele riu com deboche.
— Devia ter tatuado tua esposa, não a amante.
— Deixa a Hermínia fora disso. — rosnei. — Ela não ia aceitar.
— Como ela nunca descobriu que tu tinha Melinda e ainda bancava ela?
— Hermínia anda na linha.
— Colocou tanta linha na esposa que esqueceu a amante.
— Vai te fuder! — bati a mão na mesa. — Eu quero ela. Quero agora. Ofereci grana pra quem aparecer com qualquer rastro dela.
— Tu é burro… não tem nenhuma foto dessa mulher?
— Não.