Júlia voltou à recepção alguns minutos depois, os passos rápidos denunciando a pressa e a ansiedade.
— Enrico… — disse, sentando-se ao lado dele, a respiração ainda acelerada. — Não consegui nenhuma informação extra.
Ele balançou a cabeça, a mandíbula apertada, os olhos fixos no chão.
— Certo. — A voz saiu baixa, contida.
Ficaram assim por um tempo longo, apenas sentados lado a lado, o silêncio entre eles preenchido pelo som distante de passos e conversas no corredor do hospital. A cada minuto, a sensação de impotência crescia, fazendo o tempo parecer ainda mais lento.
Finalmente, o policial reapareceu, a expressão séria, chamando os dois pelo nome.
— Enrico, Júlia… preciso que me acompanhem novamente ao quarto de antes.
Eles levantaram-se imediatamente, seguindo o policial pelo corredor silencioso.
— Verifiquei o seu álibi, Enrico — disse o policial assim que fecharam a porta. — Confere com o que você havia me contado.
Enrico respirou aliviado, sentindo um pouco do peso sair de seus