Enrico permaneceu sentado na recepção, o corpo rígido, os olhos fixos no chão.
O telefone vibrou em seu bolso. Ele pegou o aparelho quase num impulso.
Era uma mensagem de Júlia:
“Ela não disse nada. Cecília ainda não falou nenhuma palavra e não quer vê-lo agora.”
O coração de Enrico apertou, um nó de angústia se formando no peito. Ele passou a mão pelo rosto, tentando controlar a mistura de frustração e desespero que o dominava.
Pouco depois, o policial reapareceu, a expressão séria.
— Enrico — disse, aproximando-se — preciso informar que Gustavo saiu da prisão há alguns dias. Até o momento, não foi localizado.
O sangue de Enrico ferveu.
— Como assim?! — rugiu, levantando-se de um salto. — Você está me dizendo que aquele desgraçado tá solto?!
— Calma! — o policial ergueu as mãos, em tom apaziguador. — Eu entendo o que você está sentindo, mas a fúria não vai ajudar.
— Não vai ajudar?! — Enrico deu um passo à frente, o olhar tomado por raiva. — Aquele covarde quase matou ela! Eu juro qu