O mapa entregue pela Portadora do Terceiro Testamento agora jazia aberto sobre a mesa de pedra do salão dos Anciãos. Nenhum deles ousava tocá-lo. Havia algo vivo naquele traçado — uma vibração sutil, como se o próprio destino pulsasse sob as linhas inscritas. Os caminhos ali desenhados não representavam florestas ou rios, mas decisões, quedas, pactos ainda não feitos.
Kael permanecia em silêncio, os olhos fixos no nome marcado no centro: Selin.
— Ela não escolheu esse fardo — murmurou Nihra, apoiando a mão enrugada na beirada da mesa. — Mas o mundo não pergunta. O mundo exige.
— Não podemos esperar que ela seja resposta para tudo — disse Bren, com os punhos cerrados. — Ela ainda nem aprendeu a caminhar.
— Nem precisa — respondeu Myra. — O mundo já começou a se mover ao redor dela.
Do lado de fora, um vento quente soprava — vindo do sul, onde os desertos outrora inóspitos começavam a florir repentinamente. O orvalho das árvores noturnas brilhava com cores incomuns. Alguns dos lobos mai