O nascer do sol despontava sobre as colinas da nova vila, tingindo o céu com tons dourados e carmesins. Os ventos traziam um cheiro de terra molhada e esperança, mas também o eco distante de uma verdade esquecida.
Lysandra observava Aric de longe. Ele treinava sozinho desde as primeiras horas, seus golpes contra o ar eram precisos, intensos, quase viscerais. Mas havia algo mais: a aura ao redor dele parecia viva, ondulando com uma energia antiga, quase selvagem. NĂŁo era sĂł força. Era algo alĂ©m â um chamado ancestral.
Ela se aproximou em silĂȘncio. Aric percebeu sua presença, mas nĂŁo parou.
â Desde a batalha no limbo⊠vocĂȘ mudou â disse Lysandra, firme, mas com carinho. â Seus olhos queimam com algo que nĂŁo sei nomear. Aric⊠o que estĂĄ acontecendo com vocĂȘ?
Ele parou, ofegante, olhando para o horizonte antes de encarĂĄ-la.
â EstĂĄ na hora de contar a verdade â murmurou. â Sobre o que corre nas minhas veias⊠e o que isso significa para todos nĂłs.
Eles caminharam juntos até a clareira dos a