A festa não foi grandiosa. Valkar jamais permitiria algo que cheirasse a romantismo vulgar.
Mas havia vinho, música baixa, luzes suspensas nos salões e convivas importantes — os aliados mais fiéis do rei, generais da velha guarda, e toda a corte que sabia o que não dizer.
Maekor foi o centro da alegria. Corria entre as mesas contando, com orgulho, que “a Eliara agora é minha mãe de verdade”. Alguns riam. Outros apenas desviavam o olhar.
Eliara estava magnífica. O vestido escuro, com detalhes prateados, marcava sua cintura e deixava os ombros à mostra. A pulseira de prata no pulso esquerdo brilhava com a insígnia de Durang. Mas foi o anel no dedo anelar que arrancou os olhares.
— Você está deslumbrante — disse um dos generais, educadamente. — E corajosa, devo dizer.
Eliara sorriu, apenas para disfarçar o incômodo.
Kora, por outro lado, não disfarçava nada.
Com os cabelos presos num coque apertado e um vestido carmesim, ela circulava como uma serpente entre os convidados, servindo venen