Durang estava quieto.
As guerras haviam cessado por um tempo, os conselheiros se ocupavam com reformas, e os sussurros no castelo diminuíam à medida que os dias se sucediam. Eliara, agora oficialmente esposa do rei — embora sem coroa ou título de rainha —, começava a moldar sua nova rotina.
Ainda se sentia uma estranha… mas Maekor a fazia esquecer.
O menino corria todas as manhãs para seu quarto antes mesmo do sol nascer, trazendo desenhos, histórias ou apenas a vontade de abraçá-la.
— Minha mamãe do coração — dizia, e a voz dele era bálsamo.
Os criados passaram a respeitá-la aos poucos. Alguns por medo de Valkar, outros por admiração. Sua gentileza constante, seus modos serenos e a forma como falava com todos — de olhos nos olhos — começaram a surtir efeito.
> "Ela é diferente", murmuravam nas cozinhas.
"É delicada… mas firme. Sabe sorrir com tristeza."
Eliara não buscava a simpatia de ninguém, mas onde passava, os olhares a seguiam. Alguns com esperança. Outros com rancor.
Ela começ