O vento suave de primavera soprava pelas varandas do palácio de Durang, trazendo consigo o perfume das flores que agora coloriam os jardins reais. O castelo, outrora conhecido por seu peso e sua austeridade, parecia respirar de uma forma diferente. Não era apenas pedra, ferro e muralhas; era um lar. Um lar erguido sobre batalhas vencidas, lágrimas derramadas e, sobretudo, sobre o amor que ousou florescer onde ninguém acreditava.
Eliara caminhava lentamente entre as flores, o passo sereno, os dedos repousando com carinho sobre o ventre que crescia a cada dia. Sua respiração era calma, mas seu coração pulsava acelerado — dentro dela, havia mais do que uma criança. Havia uma promessa.
Promessa de continuidade. Promessa de futuro. Promessa de que a luta deles não fora em vão.
Valkar a observava de longe, com os braços cruzados e um sorriso raro que agora se tornara mais frequente. Ainda era o mesmo rei implacável, ainda carregava nos ombros o peso do trono e nas mãos a espada que sim