45. Perseguidor

A sensação de estar sendo observada me acompanhou até dentro do apartamento. Tranquei a porta duas vezes, mas o coração não desacelerou. O silêncio, antes um alívio, agora parecia uma prisão.

Joguei a bolsa no sofá e caminhei pelo espaço bagunçado — reflexo dos dias em que mal vinha dormir, entre turnos no hospital. Um canto cheio de roupas amarrotadas, pratos empilhados na pia, cortinas mal fechadas. Não era “meu lar”. Era apenas um refúgio temporário. E, de repente, me parecia frágil demais para me proteger.

Peguei o celular. Meu dedo pairou sobre o contato de Dante. Mas a lembrança dele rindo, rouco, ao telefone mais cedo me fez hesitar. Eu não queria dar a ele mais uma prova de que já me rendia, mesmo contra a minha vontade. Respirei fundo e deslizei até outro nome.

— Santi… — minha voz saiu falha quando ele atendeu. — Você pode vir até aqui?

— Ágatha? O que aconteceu?

— Eu…
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