A festa seguia em ritmo luxuoso, música suave preenchendo o salão, taças tilintando, risadas ensaiadas ecoando pelos corredores dourados. Eu estava ao lado de Adriano Vescari, e cada movimento dele parecia calculado para chamar atenção.
Ele não me tratava como acompanhante, não como “uma das garotas da mansão”. Não. Ele me tratava como um troféu. — Você percebe os olhares, Ágatha? — murmurou, inclinando-se ao meu ouvido, a voz grave vibrando em minha pele. — Metade desse salão me inveja agora. A outra metade está tentando descobrir como tomar você de mim. Fingi um sorriso, segurando a taça. — Talvez não seja de mim que eles têm inveja. Mas de você. Ele riu baixo, um som perigoso. — Gosto da sua língua afiada. Isso só aumenta o desafio. O desafio. Eu sabia o que ele queria dizer. Vescari não pagava apenas por companhia. Ele jogava. Ele