O sol refletia nas paredes espelhadas da mansão, transformando cada detalhe dourado em um brilho quase ofuscante. As modelos se moviam pelo espaço, sorrindo, ajustando cabelos e roupas, enquanto eu caminhava lentamente, sentindo cada passo ecoar pelo corredor vazio. A mansão parecia viva, mas, por algum motivo, meu coração estava em silêncio.
— Ágatha, você vai ser a primeira hoje — disse o fotógrafo, entrando com o equipamento, quebrando meus pensamentos. — Quero começar com algo natural, sensual, mas com força. — Natural e sensual… — murmurei, tentando forçar um sorriso. — Sem parecer que estou perdida? — Exato — respondeu ele, rindo baixo. — Mas você vai arrasar. Enquanto me preparava para as poses, senti aquele vazio. Algo que nem todo o luxo, todo o brilho das câmeras e olhares poderia preencher. Meus braços se moviam conforme o fotógrafo instruía, minhas expressões se ajustavam à lente, mas no fundo, havia um espaço q