118. Entre o tapa e o beijo
Ele estava parado na minha frente, com aquele olhar que me tirava o ar — um misto de provocação e controle, como se nada o atingisse.
Mas eu via.
Por trás do terno, da voz contida e do ar de CEO intocável… ele tremia.
Dante Emberlain.
O impronunciável.
E a razão exata da minha raiva, da minha ressaca emocional e do caos que agora girava dentro de mim.
— Você realmente veio aqui pra quê, Dante? — perguntei, cruzando os braços. — Pra ver se eu aprendi a ficar quieta depois de um escândalo que você mesmo criou?
— Eu vim porque o seu circo de ontem está em todas as malditas páginas de fofoca — ele rebateu, a voz grave, arranhando meu autocontrole. — E, adivinha? Metade do mundo acha que você e eu...
— Pois é. Talvez porque você tenha me carregado nos braços como um príncipe encantado depois de me olhar com cara de assassino.
- Deveria deixar você fazer comigo o que estava fazendo com aqueles caras! - as palavras saíram de sua boca como um cuspe.
E me atingiram como um