Mundo de ficçãoIniciar sessãoA noite estava quente demais.
O tipo de calor que gruda na pele e não deixa o corpo descansar. Virei na cama pela terceira vez, joguei o lençol de lado e desisti de dormir. Fui até a cozinha pegar um copo d’água. A penumbra do apartamento estava silenciosa, cortada apenas pelo brilho pálido da lua invadindo pela varanda. O som dos meus passos ecoava suave no chão de mármore. E então — ding dong. A campainha. Olhei o relógio. Três e quarenta e dois. O coração disparou. Por um segundo, pensei em ignorar. Mas algo me fez andar até a porta. Apertei a maçaneta devagar. E antes mesmo de abrir, senti. O cheiro dele. Aquele perfume amadeirado e inconfundível, que parecia ter se gravado na minha pele. Abri. E lá estava ele. Dante. O olhar mais escuro






