O salão estava impecável: luzes baixas, taças brilhando, conversas em tom sofisticado. Eu escolhi um vestido ousado demais para um jantar de negócios, mas perfeito para o meu objetivo — provocar Dante até a última fibra do seu autocontrole.
E funcionou. Bastou entrar no salão para sentir o olhar dele queimando na minha pele, da cabeça aos pés. Mas Dante não se moveu, não disse nada. Ficou ali, no canto, fingindo indiferença com um copo de uísque na mão. Foi quando o investidor apareceu. Um daqueles homens charmosos demais para o próprio bem, sorriso fácil, conversa envolvente. Puxou a cadeira ao meu lado e começou a me cortejar como se estivéssemos sozinhos. Eu ri das piadas, deixei a mão dele roçar a minha, aceitei a taça de vinho que me ofereceu. Tudo isso enquanto, de soslaio, acompanhava Dante travado na ponta da mesa. — Você deveria me mostrar os encantos da ilha depois — disse o investidor, olhando-me nos olhos com