Tensão na mansão
Giulia sentia seu corpo frágil, mas o calor da mão de Enrico sobre sua cintura a sustentava enquanto subiam os degraus da mansão. Finalmente, estavam em casa. Ou era o que deveria ser... mas a atmosfera pesada e abafada logo denunciou que algo estava errado.
Enrico empurrou a porta da frente e, antes mesmo de adentrarem o salão, Giulia estacou.
O coração dela quase parou.
Ali, em pé no centro do saguão, como se fosse o legítimo dono da casa, estava Victorio.
O sorriso distorcido nos lábios dele, misto de loucura e certeza, fez Giulia instintivamente se encolher contra Enrico.
Ele não deveria estar ali. Não poderia estar ali. A segurança da mansão era reforçada, quase impenetrável. Como ele tinha conseguido entrar?
— Victorio — a voz de Enrico saiu carregada de ódio, mais fria do que aço. — Como diabos você entrou?
Victorio deu de ombros, zombeteiro.
— Quem quer que ame de verdade, sempre encontra um caminho — respondeu ele, com um brilho insano nos olhos f