A noite de sexta-feira estava no auge no Hotel Cassino Mancini. O salão principal pulsava com a energia de uma multidão ansiosa, embalada pelo tilintar dos copos de cristal, pelo barulho dos dados rolando sobre as mesas e pelo brilho das luzes que banhavam o palco. Era o horário nobre da casa, e Sirena era a atração mais aguardada.
Atrás da cortina de veludo vermelho, Aurora ajustava sua máscara com mãos firmes, tentando ignorar o leve tremor nos dedos. Era uma mistura de adrenalina e inquietação. O show daquela noite precisava ser impecável, como sempre. Ela tinha consciência do magnetismo que exercia sobre a plateia, do poder que conquistara nos últimos meses. A Sirena não era apenas uma dançarina, mas um enigma.
A música começou. Uma batida e