A Virgem e o Médico Em Coma - Casamento Forcado

A Virgem e o Médico Em Coma - Casamento ForcadoPT

Romance
Última atualização: 2025-06-05
Jade Aragão   Atualizado agora
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Índice

Maitê é envolvida em uma trama sórdida. Contra seus princípios éticos, ela se vê obrigada a casar com Hunter Knoefel, um médico e empresário bilionário. O problema é que Hunter está em coma a mais de um ano e seu irmão ambicioso arma toda essa trama para ficar com a fortuna de Hunter. Maitê que estava em pânico nas mãos do inescrupuloso Edward Knoefel, se vê perdida quando Hunter acorda do coma de maneira repentina. E agora, Hunter lembrará do seu passado? Ele vai aceitar essa esposa? ele vai protegê-la ou manda-la para cadeia?

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Capítulo 1

Capítulo 1

Maitê Moreli

Passamos a vida tentando ser pessoas honestas, tentando pôr em prática tudo que nossos pais nos ensinaram. Até que, uma situação nos fazia passar por cima de nossos valores e, até mesmo, do nosso caráter.

Era um homem em coma, que mesmo assim, estava muito bem cuidado; apenas um tanto magro. Tinha uma pele alva e o rosto bem barbeado. Enquanto dormia, mantinha uma serenidade espontânea. Os médicos o desenganaram, de maneira sincera e segura, disseram que o cérebro do homem deitado sobre a maca tinha pouca atividade, e dificilmente sairia do coma e, se por acaso saísse, não seria possível voltar a ser como era antes.

Ouvia em tempos, desde que cheguei aqui na terra do Tio Sam, muitos burburinhos no hospital, dizendo que existia um homem em coma e que ele era dono de todo esse império, que foi vítima de afogamento acidental. Não acreditava, pensava que esse tipo de sono quase eterno, era coisa de novela da tarde, até ver com meus próprios olhos.

Me deixei envolver, me deixei ludibriar e, agora, eu estava me casando por necessidade, mas de certa forma, forçada. A minha mão hesitava em assinar aquele livro, tive que ouvir a voz que um dia já me fez tão bem e, agora, me fazia mal.

— Assina logo esse documento! — esbravejou de maneira ríspida.

Edward me seduziu com sua beleza e pose de quem nasceu em berço dourado. A gente pensa que uma pessoa que tem tudo, não é capaz de atos vis. Mas ele estava ali, o homem que um dia me apaixonei e que como uma garota tola sonhei em me casar. E ironicamente ele está me forçando a casar com seu irmão em coma.

— Edward, tenha misericórdia. Eu trabalho aqui dobrado, até pagar o último centavo. Por favor, não me force a fazer isso. É um ato infame, vergonhoso e, principalmente, criminoso. — sabia que minhas súplicas de nada adiantariam, mas tentar era minha obrigação.

Ele pegou o celular do bolso, e fez uma chamada. Enquanto eu me "casava", minha mãe adotiva, a mulher que cuidou de mim, estava na mesa de operação, pronta para receber o transplante que tanto necessitava. Eu devia isso a ela.

— Enfermeira Lucy, cancele a cirurgia. — Edward sabia como trabalhar minha mente. Sempre fui sua presa fácil, a filha desesperada para salvar a vida de sua mãe amorosa, e era disso que ele se aproveitava.

— NÃO! PELO AMOR DE DEUS, NÃO!!! —

O homem porque quem um dia fui apaixonada, agora era o meu algoz e a única pessoa que odiava no mundo.

— Com você, não há mais conversa. Ou assina esse maldito livro, ou sua mãe morre seca, esperando para fazer o transplante.

Em lágrimas e trêmula, assinei aquele maldito livro com data de dois anos atrás. Depois, copiei as diversas cartas, com datas diferentes, que Edward me ordenou.

Não havia a menor necessidade desse casamento falso ser feito dentro do quarto de hospital, era apenas o sadismo de Edward. Assim que terminei com a assinatura, ouvi bem o homem falar bem claro que levaria o livro de volta a um cartório que ficava no interior da cidade de Guadalajara, se tratava de um grande golpe.

Era certo que eu estava lidando com um psicopata. Depois de me obrigar a fazer o que acabei de fazer, ele veio para cima de mim cheio de carinho, como se eu fosse receber o gesto de bom grado. Esperaria minha mãe se recuperar, a levaria de volta ao México, a deixaria aos cuidados da minha amiga e, em seguida, me entregaria à polícia, contando todo meu delito para as autoridades.

— Amor, agora você vai para o México e mandar de lá a carta para o seu marido, Hunter Knoefel, e o resto deixa comigo. — suas mãos percorreram meus braços, me causando náuseas e arrepios.

— Não vou deixar minha mãe! Irei para o México com ela, quando tiver alta.

— Você me tira como um idiota! Maitê, não me irrita! Sua mãe terá uma cuidadora vinte e quatro horas por dia, vai se recuperar em um dos maiores e melhores hospitais da América. Se ela tiver alguma rejeição ao transplante, melhor lugar para ela estar não há.

— Não vou deixar minha mãe, você entendeu?

— Tentei lhe dar os bons motivos, mas você só quer viver de inferno. Gosta de inferno? Pode escolher se a Norma fica aqui bem cuidada e você volta agora mesmo para o seu país, ou você fica e logo após o término da cirurgia, mando dar alta a ela. Sem seguro social, como será a recuperação dessa senhora?

— Por favor, Edward, minha mãe vai ficar assustada ao acordar e não me ver. — supliquei com a voz embargada.

Mas seu olhar continuava gélido, não importava o que eu falasse, aquele homem não seria convencido a mudar seu plano macabro, o que me restou foi obedecer. Depois de me casar com um homem em coma, agora eu daria o golpe contra minha vontade, para me tornar dona de todo império do Knoefel.

— Você tem tudo. Para que tanta ambição? — esbravejei.

— O que meu pai fez foi uma canalhice! Deixar tudo para o Hunter, quando eu sou o mais velho. Já era médico e o Hunter ainda está no sexto período. Não é só dinheiro que está em jogo aqui, é a minha dignidade, meu direito, e vou até o limite para que seja feita justiça!

— Quanto tempo terei que ficar no México sem a minha mãe? — mudei levemente o assunto, não adiantava argumentar com alguém que não estava disposto a ceder nada.

— Assim que chegar lá, você manda a carta. O tempo será o mesmo em que as coisas levarão para serem resolvidas.

— Depois que eu passar tudo para o seu nome, minha mãe e eu teremos liberdade, certo?

— Amor, não vai ter necessidade de passar nada para o meu nome. Eu só quero cuidar dos bens e ter o controle de tudo, já que me pertence. Sou mais qualificado para isso, na verdade, sempre fui e nós três vamos viver como uma família. Eu, você, a Norma e nossos filhos que virão.

— Não me chame de amor! Você não ama ninguém além de você mesmo, e depois que tudo isso acabar, vou voltar para o México com a minha mãe, e não quero te ver nunca mais!

— Veremos, Maitê. Você me ama, pode estar chateada agora, mas depois verá que tenho razão em lutar pelo que me pertence. Eu te amo e você me ama, e tudo voltará ao normal.

— Fui apaixonada por você, não nego. Mas amor, nunca senti. E depois do que me fez, só sinto asco de você.

— Asco, sei… — ele zombou.

(...)

Estava na mão do demônio. Tentei lutar com ele, mas a verdade era que vendi minha alma ao verdadeiro diabo. Edward estava com o poder total sobre a vida da minha mãe, não pude nem vê-la ao acordar da cirurgia. Ao menos, o infame teve a simpatia de me dizer que a operação de transplante havia sido um sucesso. Foi aliviante. Não esperei um segundo a mais, assim que pus os pés no México, mandei a carta do jeito que o desgraçado me pediu. Queria voltar o mais rápido possível para perto da minha mãe, desejando me livrar de Edward Knoefel para sempre.

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