Maitê Moreli
Após uma noite horrível e mal dormida, quando finalmente consegui fechar os olhos, despertei assustada com a presença de Hunter. Ele estava sentado à beira da minha cama, como se fosse o dono do lugar.
Ergui-me num salto, ficando sentada de imediato, o olhar provavelmente assustado cravado nele.
— O que você está fazendo aqui? Juro que tranquei a porta — balbuciei, ainda atônita.
— Bom dia, Bela Adormecida! Agora vamos conversar... você e eu.
— Eu tranquei a porta com chave! Como entrou assim, invadindo?
Ele riu com desdém, debochado.
— Invadir? Não, não. Aquele chaveiro que a Fanny te deu ontem tem uma cópia da chave do quarto da frente, o meu... ou melhor, o nosso quarto. Igual ao meu chaveiro — disse ele, tirando um molho de chaves do bolso e chacoalhando. — Também tem a chave deste quarto, onde você está dormindo... e onde eu posso querer dormir também. Não é assim que vivem os casados? Juntinhos o tempo todo.
Engoli em seco. Tudo o que ele queria era me humil