capitulo 6

Narrativa de Caio Valença

**Meses se passaram.**

O inverno chegou, trazendo consigo um frio que não é apenas uma consequência do clima é um frio que se origina da alma. Dante, meu amigo, ainda continua em coma, confinado em um quarto de hospital que exala a morte e a limpeza forçada, um ambiente onde o cheiro da desgraça está impregnado. Ninguém, além de mim, sabe onde ele se encontra. Ninguém se atreve a imaginar que ele ainda está vivo, respirando em meio a toda a escuridão. E é exatamente assim que eu pretendo manter.

A cada respiração que ele dá, sinto uma ameaça pairando no ar. Cada batida do seu coração é um lembrete cruel de que uma verdade dolorosa ainda vive sob camadas espessas de mentira e remorso. Mas enquanto ele permanece em seu estado de torpor, eu vou vivendo. Vivo por ele. Ou, talvez, esteja vivendo no lugar dele.

Helena, por outro lado, mudou. Embora ainda carregue a tristeza e o luto nos olhos, seus sorrisos aparecem com mais frequência. Ela ri de pequenas coi
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