Narrado por Lorena Mello
O parque era simples e pequeno, mas naquela manhã… parecia o centro do universo.
O vento soprava suavemente, brincando com as folhas das árvores, e as risadas das crianças se misturavam ao som dos balanços, formando uma melodia suave que promovia um ambiente de inocência e alegria.
Segurei a delicada mãozinha do Mateo, como se estivesse carregando um milagre precioso.
A diretora caminhava ao nosso lado. Sua postura era rígida, como a de uma profissional que leva a sério seu papel, mas havia um fio de confiança em seu olhar que me guiava.
Foi então que uma funcionária da escola correu em nossa direção, visivelmente aflita:
— Dona Lúcia! Precisamos da senhora urgentemente! A coordenação chamou, teve um problema!
A diretora parou nos seus passos. Olhou para mim e, em seguida, fixou seu olhar no parquinho espaçoso, repleto de mães e crianças correndo. Era um lugar seguro.
Ela hesitou.
E, por dentro, eu rezei.
Mantive meu olhar calmo e firme, a postura de