63.2 - Te amo, Max

Charlotte

Eu olhei para Max, sentindo o peso dos anos e das palavras que nunca tive a chance de dizer. Com o coração acelerado, comecei, mas a voz me falhou por um momento. Eu olhei para ele mais uma vez, e, ao vê-lo ali, com os olhos fixos nos meus, a certeza se fortaleceu. Ele estava ali, e eu sabia que a escolha era minha. Sempre seria.

— Eu me despedi de você uma vez… — a primeira palavra saiu fraca, como um suspiro, e, por um instante, me vi naquela madrugada vazia, quando as palavras de Max ainda ecoavam na minha cabeça e eu me via perdida em um mar de incertezas. Eu senti de novo o peso daquela perda, a dor de ter que deixar tudo para trás. — E doeu tanto que quase me quebrei.

Eu me lembrei do momento exato, de cada lágrima que caiu, cada pedaço do meu coração que ficou lá, na porta daquela casa, no momento em que ele me afastou da vida dele. Eu achei que nunca mais conseguiria reconstruir tudo o que se partiu, que o buraco dentro de mim seria eterno. Mas então, Max me encontro
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