O dia começou como qualquer outro. Giovanni acordou cedo, me chamando com aquela voz rouca de bebê que ainda misturava “mamãe” com “mamá”, e se aninhou no meu colo enquanto eu sentava com ele no sofá. O cheiro dele, a paz daquele abraço, já eram presente suficiente. Eu não esperava mais nada. Nem bolo, nem festa. Nem surpresa.
Estava feliz com o que tinha: o meu filho sorrindo com os olhos e com o coração, e a serenidade de saber que, enfim, eu estava bem. De verdade.
Mas Max… Max tinha outros planos.
Passava das sete da noite quando ele apareceu na sala com Giovanni nos braços, vestidinhos com roupas que não combinavam entre si — Max de camisa social escura, Giovanni com um macacão cheio de estrelinhas e meias trocadas. Ri ao ver a cena, ainda de pijama, e arqueei uma sobrancelha.
— O que está acontecendo aqui?
Max sorriu, daquele jeito que ele só sorri quando está armando alguma coisa.
— Hoje é seu aniversário, e eu tenho um presente. Ou melhor… uma noite.
— Uma noite?
— Vai lá se t