Os dias passavam com uma suavidade que eu nunca imaginei que um dia teria. Entre mamadeiras, risadas de Giovanni e olhares trocados com Max, a vida ia ganhando um ritmo novo. Um que não era mais de sobrevivência. Era de construção. Um passo de cada vez.
Percebi que Max estava mais ausente em certos momentos. Não em presença física, mas em pensamento. Às vezes, ele ficava olhando para a tela do celular por longos minutos, ou passava noites trabalhando no escritório com um brilho estranho nos olhos. E toda vez que eu perguntava, ele sorria com aquele ar misterioso e dizia:
— Surpresa.
O curioso é que, por algum motivo, isso não me incomodava. Em outros tempos, talvez eu teria ficado insegura, teria criado cenários ruins na cabeça. Mas agora… eu confiava nele.
Até que uma noite, depois de colocar Giovanni para dormir, Max me chamou no sofá.
Ele estava com aquele jeito meio nervoso, ajeitando a gola da camisa como fazia quando ia apresentar um projeto importante. Sentei ao lado dele, puxa