Naquela manhã de sábado, Giovanni ainda dormia quando Max apareceu com um sorriso no rosto e um olhar animado que parecia esconder alguma coisa.
— Bom dia, Charlotte. — Ele entrou devagar, carregando duas sacolas, uma delas com a logo da padaria que eu mais gostava.
— Bom dia. O que é isso?
— Café da manhã. E um convite.
— Convite?
Ele assentiu, indo direto para a cozinha, já agindo como alguém que conhecia cada cantinho daquela casa. E conhecia mesmo. Às vezes me pegava pensando no quanto isso me incomodava… e no quanto também me trazia uma familiaridade perigosa.
— Hoje vai ser um dia especial. Então, se arruma depois que comer. Não precisa nada exagerado. Um jeans, um tênis confortável e um moletom já são suficientes. — Ele sorriu, servindo o café na caneca azul que ele sempre dizia ser “a cara dela”.
— Max... o que você tá aprontando?
— Não é uma armadilha, prometo. Só quero passar um tempo com você e com o nosso filho. Sem pressão. Só nós três.
Suspirei, cruzando os braços.
— Voc