— E ele… ele se mexe muito?
— Às vezes parece que tem um time de futebol inteiro aqui dentro — falei, passando a mão carinhosamente sobre a barriga. — Principalmente à noite. Mas agora, com você aqui...
Parei. Porque naquele exato momento, senti.
— Ai… — sussurrei, com os olhos arregalados e a respiração prendendo por um segundo.
— O quê? — Max perguntou, alarmado.
Segurei a mão dele, sem pensar, e a coloquei sobre a minha barriga, exatamente no ponto em que o movimento tinha acontecido.
— Ele... se mexeu.
Max congelou. Os olhos dele encontraram os meus com um brilho que parecia impossível de conter. E então, Giovanni mexeu de novo.
— Eu senti. — ele disse num sussurro, como se não quisesse quebrar o encanto. — Meu Deus, Charlotte… eu senti ele.
As mãos dele continuaram ali, firmes e delicadas, como se ele estivesse tocando um milagre. Seus olhos estavam marejados de novo, mas dessa vez havia algo diferente — era pura admiração, um amor nascendo ali, diante de nós dois, em silêncio.
—