Acordei com o coração acelerado e o sol filtrando pelas cortinas do meu quarto. Por um segundo, pensei que tivesse sonhado com tudo — o bebê, a empresa, o curso, a nova vida. Mas então minha mão tocou minha barriga e senti um chute forte me dar bom dia.
Sorri.
— Bom dia pra você também, meu amor — sussurrei, passando os dedos devagar pela curva enorme que agora dominava meu corpo.
Estava de trinta e duas semanas. O barrigão não me deixava mais dormir de bruços, nem colocar sapatos sem a ajuda de Clara, mas, de alguma forma, nunca me senti tão bonita. Tão viva.
Levantei com um pouco de dificuldade e fui direto para a cozinha. Café com leite, duas torradas e frutas — minha rotina matinal cuidadosamente elaborada pelo obstetra. Matteo ligou pouco depois das nove.
— Já está pronta, mamma futura?
— Quase. Meu cabelo está mais indeciso que eu numa cafeteria.
— Te dou vinte minutos. Tô te esperando com croissant — disse ele, rindo.
Me troquei com calma, escolhi um vestido soltinho azul qu