Max estava imóvel, ainda com a raiva estampada no rosto. Ele não me olhava mais, mas eu sabia que tudo o que ele pensava estava bem ali, transbordando de sua expressão dura e cruel. Ele olhou para a minha bolsa, que estava na mesa, e em um gesto brusco, a pegou, jogando-a contra o meu peito.
— Pega sua merda e vem comigo — ele ordenou, sua voz tão gelada quanto o olhar que me lançou.
Eu mal conseguia respirar. A dor em meu peito, a sensação de impotência, era insuportável. Queria explicar, queria gritar, mas as palavras não saíam. O que eu podia fazer contra o que ele acreditava? Contra o que ele viu, mesmo sabendo que não era verdade?
Com as mãos trêmulas, peguei a bolsa e fui atrás dele.