O cheiro de antisséptico me atingiu assim que passei pela porta de vidro do Hospital Saint Elora. Frio, clínico. Um lembrete sutil de que ali tudo era controlado — menos o que eu sentia por dentro. Caminhei pelos corredores impecavelmente limpos ao lado de Victor, que, para minha surpresa, estava estranhamente... calado.
Sem piadinhas, sem provocações, sem aquele sorriso de canto que ele adorava usar como escudo. Hoje ele apenas caminhava comigo em silêncio, com as mãos nos bolsos do paletó escuro, os olhos atentos ao nosso redor.
Era desconcertante.
Victor sempre foi uma presença difícil de ignorar, mas naquele dia ele parecia menor, ou talvez mais contido. E embora isso devesse me trazer al&i