O carro parou em frente à casa e eu senti meus ombros relaxarem, como se só de ver aquele lugar meu corpo soubesse que era o fim de um dia intenso. Daniel desligou o motor e me olhou de lado, com aquele sorrisinho debochado habitual.
— Quer que eu vá até a porta ou já sabe o caminho?
— Idiota — murmurei com um meio sorriso, abrindo a porta.
Ele me acompanhou mesmo assim, claro. Porque Daniel era aquele tipo de amigo que provocava o tempo inteiro, mas estava sempre por perto quando eu mais precisava.
A porta estava destrancada. Max sempre deixava assim quando sabia que eu estava voltando. Entrei sem pensar muito e, antes que eu pudesse anunciar minha chegada, Daniel fez questão de anunciar por mim: